Conheça quais são os tipos de brachiaria e como fazer seu manejo
As brachiarias compõem um sistema de extrema importância para a produção agropecuária, haja vista o seu histórico de valorização da alimentação de animais de grande porte, como gados para corte ou produção de leite, por exemplo. Entretanto, nos últimos anos, esse tipo de gramínea tem sido aplicado muito além de forragem para gado.

As principais forrageiras dessa categoria têm alto potencial de melhoramento tanto das características do solo quanto da produtividade para diversos tipos de cultura, principalmente os grãos. Apesar do seu amplo uso, entender qual o melhor período de semeadura da gramínea pode gerar dúvidas em muitos produtores.

Pensando nisso, no post de hoje vamos apresentar alguns dos tipos mais comuns de brachiaria e cultivares, além das características e manejo de cada uma delas. Continue a leitura e confira mais detalhes deste de demais pontos!


Afinal, quais os tipos de brachiaria e cultivares?


Em termos simples, não se pode citar espécies de brachiaria sem apresentar gramíneas como a Brachiaria brizantha, Brachiaria ruziziensis, Brachiaria decumbens e a Brachiaria humidícola. Por outro lado, é importante destacar que atualmente existem mais de 50 espécies do gênero.

Dentre todas essas espécies, as destacadas acima apresentam maior relevância no que concerne sua aplicação na agropecuária brasileira, já que representam mais de 80% de toda área de pasto cultivada no país. A Brachiaria brizantha, por exemplo, é disparadamente a espécie mais adotada, correspondendo sozinha a pelo menos metade de toda área de pastagem do território nacional.

Por sua vez, os cultivares mais comuns desse tipo de espécie são o CV Marandu (Braquiarão), Cv. Piatã (introduzido no país pela Embrapa em meados de 2007 e a Cv. Xaraés, que foi lançado também pela Embrapa no início dos anos 2000.

Porém, dentre os demais tipos de Brachiaria, destacam-se espécies famosas, como a braquiarinha cultivar Basilisk, de origem australiana e introduzida em terras brasileiras na década de 60. Sendo uma espécie da Brachiaria decumbens, que alcança uma altura média de 70 cm nos piquetes, liderou as pastagens no país até a introdução do Cv. Marandu.

A Brachiaria ruziziensis, por sua vez, apresenta cultivar de grande relevância, sendo o Cv. Kennedy e o Cv. Mulato 2, bastante adotado nos dias atuais. Já em relação aos cultivares de Brachiaria humidicola, estas podem ser divididas entre três tipos:
 
  1. Cv. Lianero;
  2. Cv. Comum;
  3. Cv. Tupi.


Características e manejo


A seguir, conheça as características das brachiarias e o manejo dos sistemas:


Brachiaria brizantha


De estabelecimento acelerado e muito atrelada às altas produtividades desse tipo de espécie, as cultivares Brachiaria brizantha (Marandu, Xaraés e Piatã) apresentam baixa adaptabilidade aos solos cuja drenagem não se dá de forma eficiente ou apresentam baixa fertilidade.

A Marandu é uma cultivar de baixa rebrota, mas que apresenta um excelente desenvolvimento, sobretudo quando se posiciona em áreas com menor incidência dos raios solares (ou de sombras) — sendo esse o principal fator para o sucesso da adaptação do seu uso em consórcio com outros tipos de culturas.

A xaraés, por sua vez, é uma espécie que apresenta maior índice de rebrota, mas, por sua vez, não conta com uma boa tolerância às cigarrinhas de pastagens, especialmente ao se comparar com as outras cultivares destacadas anteriormente.


Brachiaria decumbens


De fácil estabelecimento e adaptação a diferentes tipos de solo, especialmente aqueles com menor disponibilidade de nutrientes e alta acidez, a Brachiaria decumbens apresenta crescimento de hábito prostrado e grande acúmulo de sementes viáveis ao solo. Entretanto, está mais suscetível às cigarrinhas, sendo também de erradicação mais difícil.


Brachiaria humidicola


Nas áreas com baixa drenagem, as cultivares Brachiaria humidicola apresentam maior indicação, já que se adaptam mais facilmente aos solos menos férteis. A desvantagem fica por conta das características de resistência contra a ação das cigarrinhas de pastagens, haja vista que apenas a Cv. Comum apresenta tolerância a esse tipo de praga. Além disso, o estabelecimento das cultivares são mais lentos em razão do enraizamento dos caules.
 

Brachiaria ruziziensis


De rápido estabelecimento, a Brachiaria ruziziensis é uma espécie bastante utilizada em sistemas de plantio direto. Apesar de ser uma espécie de fácil controle, apresenta baixa adaptabilidade a solos de pouca fertilidade e alta acidez. Outro aspecto a seu desfavor é a menor resistência às cigarrinhas, o que também compromete o seu uso.

Concluindo, o uso de gramíneas para forragem de pastagens é uma técnica cada vez mais utilizada, principalmente em propriedades que produzem grãos. Sendo assim, para escolher o melhor tipo de cobertura, é primordial que se identifique a função do cultivar em sua lavoura. Seja para proteger o solo ou produzir alimento para o gado, a brachiaria apresenta excelente aplicação.

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